5 ERROS que Professores de Educação Infantil cometem e como corrigi-los

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Todos os anos, milhares de pessoas saem da faculdade de pedagogia e entram em sala de aula. Mesmo com tantas mudanças na educação e na humanidade de uma forma geral, ainda é muito comum vermos velhos conceitos e hábitos arcaicos relacionados a prática docente. Sendo assim, listamos 10 erros que professores de educação infantil cometem e como corrigi-los.



01) Achar que a criança chega à escola sem saber de nada.
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“Esse menino não sabe 
nem pegar num lápis!”


Será que não sabe mesmo? Ou será que ele apenas ainda não encontrou uma forma adequada de manuseá-lo?

A criança chega à escola carregada de conhecimentos e vivências, afinal ela não nasceu naquele instante em que entrou na escola. 

Se você mostrar um pequeno avião e perguntar para seu aluno o que é, ele vai responder: brinquedo! ou, avião! Mesmo que a criança não identifique códigos e desrespeite regras – que muitas das vezes não compreende -, ela possui capacidade de assimilar o contexto das coisas e só precisa de uma orientação clara para expandir seus conhecimentos. 


Dificuldades são ricas oportunidades para uma “investigação pedagógica” e “experimentações didáticas”. 

Ou seja, se seu aluno não consegue segurar um lápis, por exemplo, a primeira coisa que você precisa fazer é "entender o motivo", em seguida tentar solucionar de forma didática esta dificuldade. 



02) Sobrecarregar os alunos com atividades muito "mecânicas".
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“Eu preparei um monte de atividade, 
mas eles não fizerem nem duas!”


Porque será que não fizeram? Será que eram atraentes ou tinham relevância para eles?


Atividades são necessárias, sim! A questão primordial é o “como” as atividades serão executadas. Então, você pode pensar: se não gostam de fazer, há outra forma de despertar o interesse em fazer? Se a atividade é treinar a escrita do nome ou vogais, porque não fazer com um material diferente? Se for desenhar, porque ter que pintar um desenho impresso? Não seria melhor ter à disposição outros recursos?

Muitos professores não gostam de ter que criar atividades, preferindo reproduzir da internet ou de seus colegas de trabalho ou mesmo de livros. Nada temos contra! Utilize essas atividades como base, em casos de necessidade.

Às vezes uma atividade simples que você faz é mais eficiente que outra xerocopiada e que não se encaixa totalmente no seu planejamento ou no esquema de desenvolvimento do seu aluno.

Ofereça materiais diversificados. Tudo pode ser utilizado: desde um garfo descartável até legumes crus.




03) Ser inflexível 
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"A gente faz as mesmas coisas, 
todos os dias!"


Mesmo que você nunca repita uma atividade, os alunos terão a sensação de sempre fazer a mesma coisa. Porque isso acontece?


O planejamento é algo importantíssimo para a prática docente, como também a habilidade de perceber as oportunidades de aprendizagem. No momento em que você está planejando, não tem como prever tudo o que vai acontecer e assim planejar suas ações para os imprevistos.


No entanto, situações que surgirão podem ser riquíssimas para aprendizagem de seus alunos e, para isso, o professor deve estar atento ao que acontece em sala e prestar atenção no que os alunos estão fazendo. 

Por exemplo, algo que um aluno fez ou falou. 

Certa vez, depois do lanche, enquanto os alunos estavam no lavatório escovando os dentes, um verdadeiro alvoroço se instalou entre as crianças por causa de um besouro que pousou no lavatório. O que você faria nesta situação? A professora, ao verificar o que acontecia, pegou o besouro com a mão e mostrou aos alunos, incentivando que fizessem o mesmo. Aproveitou para falar sobre a importância dos insetos para a natureza, suas características e ciclo de vida.



04) Ignorar a importância da psicomotricidade
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"Eu não sei fazer circuitos" 
ou "Brincando eles já se movimentam!"


O movimento da brincadeira é o mesmo das atividades de psicomotricidade? Será que você não sabe fazer ou não quer ter trabalho de pesquisar? 

Quando falamos em desenvolvimento amplo, o aparelho psicomotor está incluído nisto. Para que a criança possa ler e escrever é necessário que ela domine as funções do aparelho psicomotor, ou seja, o próprio corpo. Hoje em dia existem diversos sites e canais que compartilham este tipo de conhecimento. Tenho certeza que em poucas horas de pesquisa você terá muitas inspirações para trabalhar psicomotricidade (em breve farei um post aqui no blog sobre este assunto).

Você pode usar o próprio material em sala de aula, como cadeiras e mesas em forma de túnel para que as crianças possam passar por baixo, indo e voltando. Marcações no chão, bambolês, brinquedos, latas, papel, etc. 

O que importa é que a criança não só se movimente, mas tenha domínio sobre o movimento e, pra isso é preciso treino.



 05) Desvincular empatia e afeto da profissão.
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"Eu não sou obrigada a gostar de crianças! Só tenho que dar aulas." 


Você não é obrigada(o) a gostar de crianças. Ninguém é! Porém, o afeto e a empatia facilitam o seu trabalho. Um dos fatores que tornam seu trabalho eficiente é o quanto você consegue alcançar seu aluno e, para isto o afeto é a chave. 

As crianças precisam se sentir respeitadas e apreciadas, isso gera um vínculo de respeito. 

Seu comportamento dentro de sala de aula tem mais relação com a construção social de "pessoa", ou seja, a forma que você trata seus alunos reflete o que você é socialmente. 

Saber expressar seus sentimentos sem raiva, comemorar as pequenas vitórias dos alunos, elogiar em público, reclamar em particular, se interessar pela vida do aluno além das paredes da sala de aula, certamente vai transformar seu trabalho. 


Rayssa Priscilla Silva de Melo










  

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